Resumo do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas
Nesse resumo do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, escrito por um dos maiores escritores da literatura brasileira, Machado de Assis, conheceremos Brás Cubas, personagem principal da história e nosso narrador que decide contar sobre sua vida de uma forma um tanto quanto inusitada: após estar morto. Dessa forma, Brás nos apresentará sua vida antes de morrer.
A obra tornou-se uma leitura obrigatória para realização de provas em universidades por vários anos. Dessa forma, realizamos um resumo do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas para te ajudar a ir bem durante a prova.
Publicado como folhetim durante todo o ano de 1880 e oficialmente como livro em 1881, o livro dá início ao Romance Realista no Brasil, movimento no qual é o oposto do romantismo, onde apresenta a realidade de uma pessoa, a vida tal como ela é com decepções e imperfeições.
“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.”
É com essa dedicatória que Machado de Assis inicia a obra.
Dividido em 160 capítulos, o narrador Brás Cubas começa a narrar sua história a partir da sua morte e faz uma volta ao passado, relatando todos seus acontecimentos desde a infância e durante sua narrativa tem diversos diálogos do narrador, Brás Cubas, com o leitor. Por fim, vamos ao resumo do livro Memórias Póstumas.
Resumo do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas: História
Nascido em uma família rica, Brás Cubas conta que na infância era um garoto endiabrado que maltratava os escravos, era mimado pelo pai, amigo de Quincas Borba e tinha um criado chamado Prudêncio. Por fazer parte da elite, ele nunca precisou conquistar o pão de cada dia com o suor do seu rosto, ou seja, trabalhar.
Durante sua adolescência, envolveu-se com uma mulher chamada Marcela, que era prostituta e o explorava, mas Brás apenas cita que ela o amou por quinze meses e onze contos de réis. Por Marcela, ele gastava enormes quantias de dinheiro em festas e presentes, quase deixando a família Cubas na falência.
Seu pai, cansado do filho estar envolvido com tal moça, envia-o para estudar em outro país, onde ele poderá ter um diploma de bacharel. Sua viagem para Coimbra, em Portugal, já se inicia de forma triste já que Marcela não vai despedir-se dele como haviam combinado.
Brás forma-se como advogado
Em Coimbra, Brás Cubas não levava os estudos a sério, mas mesmo assim consegue formar-se em Direito. Retorna ao Brasil em razão da condição de saúde de sua mãe, mas passa a ser indiferente com o que conquistou com os estudos e continua a gozar do privilégio de ser um homem rico.
Nesse ínterim, conhece Eugênia, uma linda moça, porém pobre e “coxa de nascença”, pois tem uma perna mais curta que a outra, o que a torna manca. Era filha de uma mãe solteira, cujo pai ninguém sabe quem é. Brás também recorda que uma vez quando criança viu a mãe de Eugênia, dona Eusébia beijando um homem atrás de uma moita. Sabia que seu pai nunca aprovaria o envolvimento com uma moça pobre, mas mesmo assim, ele consegue seduzir a moça e ganha um beijo, mas quando descobre sua condição, fica desesperado imaginando o que as pessoas diriam sobre ele estar casado com uma moça manca.
Seu pai lhe diz que ele precisa casar-se com uma moça rica, eis que surge Virgília, por quem se apaixona. Desse casamento, seu pai vê um futuro político, já que a moça era filha de Conselheiro Dutra e quem gostava de Brás. Porém, Virgília o troca por Lobo Neves, pois a moça queria ter mais status social.
Um tempo depois, após casar-se com Lobo Neves, Virgília reencontra-se com Brás. Após isso, os dois tornam-se amantes e começam a se encontrar em uma casinha em Gamboa, um bairro do Rio de Janeiro. Brás pagava para dona Plácida um valor de cinco conto de réis para fingir ser moradora daquela casa onde haviam os encontros dos amantes. Virgília engravida, mas o bebê morre ainda em seu ventre.
Anos depois
Brás Cubas procurando uma vida menos tediosa, torna-se deputado e é a mesma época em que ele e Virgília terminam o relacionamento secreto. Já que Lobo Neves precisa ir embora de Rio de Janeiro devido a sua carreira política.
Sabina, irmã de Brás Cubas, decide então lhe arranjar uma namorada, Nhã-Loló, prima de Cotrim, de apenas 19 anos, mas a moça falece por causa da febre amarela.
Depois disso, é que Brás Cubas torna-se um verdadeiro solteirão da elite. Nesse meio tempo, o protagonista tenta sem sucesso ser ministro de estado ou fundar um jornal de oposição. Virgília então reaparece, agora mais velha, torna-se viúva e com um filho. Marcela e Quincas Borba falecem e Eugênia é vista em um cortiço.
Então, como última ideia de conquistar algo, ele cria um emplasto, no qual curaria todas as doenças. No entanto, por ironia, um dia quando Brás sai para rua, acaba chovendo e ele se molha, provocando-lhe uma pneumonia que o mata aos 64 anos. Em seu leito de morte encontrava-se alguns familiares e Virgília.
Mais sobre a obra e adaptação
Nessa obra, Machado de Assis cita Quincas Borbas. Personagem que tem sua história publicada entre os anos de 1886 e 1891 em formato de folhetim, para oficialmente ser publicada em livro no ano de 1892, 11 anos após a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, se tornando o segundo livro da trilogia realista de Machado
Memórias Póstumas. Além disso, foi traduzida para diversos idiomas, incluindo romeno, tcheco, alemão, dinamarquês e neerlandês.
Inclusive, em junho de 2020, a obra recebeu uma nova tradução em inglês pela editora Penguin, que esgotou em apenas um dia.
Além disso, houve três vezes para o cinema brasileiro. A primeira adaptação “Viagem ao Fim do Mundo” aconteceu em 1967, em forma experimental ao cinema brasileiro e que se inspirou na obra de Machado.
A segundo adaptação ocorreu em 1985, com o título “Brás Cubas”, com Luiz Fernando Guimarães interpretando o protagonista. Já a terceira e última adaptação, considera-se a mais fiel ao livro. Ela foi lançada em 2001 tendo Reginaldo Faria como Brás Cubas aos 60 anos e narrador da história e Petrônio Gontijo interpretando Brás na juventude.
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