Resumo do livro Iracema por capítulo e análise

Resumo do livro Iracema por capítulo e análise

Resumo do livro Iracema ─ Escrito por José de Alencar e publicado em 1865, “Iracema” é uma obra brasileira que mergulha nas paisagens do Ceará. A trama entrelaça o amor, conflitos culturais e a força da natureza. O Escritora de Sucesso destaca os pilares desta obra da literatura romântica.

Resumo do livro Iracema 

Primeiramente, a cena inaugural do livro “Iracema” antecipa o desfecho da história, reforçando a unidade da obra: Martim e Moacir afastam-se da costa do Ceará em uma embarcação, enquanto o vento sussurra em seus ouvidos o nome de Iracema. 

A obra é ambientada durante a colonização portuguesa, destacando os desafios e as tensões entre o povo indígena e os colonizadores europeus. A riqueza e a vida são destacados no resumo do livro Iracema. 

Resumo do livro Iracema
Imagem: Pixabay – Reprodução

Capítulo I

A narrativa tem início com o desfecho da trajetória do romance: Martim, acompanhado do filho Moacir, fruto da união com Iracema, partem das terras do Ceará a caminho de Portugal, logo após o falecimento de Iracema. O homem carrega consigo a tristeza pela perda da esposa. 

Capítulo II

O capítulo dois apresenta um flashback, mostrando a história de Iracema, narrada em terceira pessoa. Ou seja, ao contrário dos personagens, o narrador onisciente tem total conhecimento dos sentimentos envolvidos na trama. 

A virgem de lábios de mel, Iracema, é uma das guerreiras de tabajara. Enfim, enquanto ela descansava na floresta, junto a graciosa ará (Jandaia), subitamente um estrangeiro emerge das folhagens. 

O guerreiro em questão é Martim. Então, alarmada com a presença do estrangeiro, Iracema o atinge com uma flechada no rosto. Contudo, arrependida por seu ato, ela realiza um gesto simbólico de amizade e reconciliação e quebra a “flecha da paz”. 

Capítulo III

No capítulo seguinte, a índia e o estrangeiro dirigem-se à taba dos tabajaras, localizando a cabana do pajé Araquém, o pai de Iracema. No local, são acolhidos generosamente. 

Araquém assegura a Martim que naquela cabana ele é considerado senhor, e que os tabajaras possuem mil guerreiros para defendê-lo. Além disso, possui inúmeras mulheres dispostas a servi-lo. 

Martim, por sua vez, fala ao pajé sobre sua amizade com os pitaguaras, os inimigos dos tabajaras. O estrangeiro destaca o destemido Poti, o qual havia plantado a semente da amizade. Entretanto, mesmo com o relato, Araquém dá as boas-vindas ao estrangeiro. 

Capítulo IV

A índia convoca as mais belas da tribo para servir ao estrangeiro, no entanto, ele recusa. Isso porque, ele ansiava pela presença de Iracema ao seu lado. Em resposta, a moça declara que não pode ser sua serva, pois guarda os segredos de jurema e os mistérios do sonho. 

Enquanto isso, Martim deixa a cabana descontente, e parte em direção a tribo dos pitiguaras. A índia, então, sugere que o estrangeiro aguarde o retorno de seu irmão de caça, Caubi, para que ele o guie pela floresta. 

Capítulo V

O capítulo descreve a manhã seguinte, quando Irapuã, o chefe dos guerreiros tabajaras, solta o grito de guerra contra os “potiguaras”. O termo é usado de maneira pejorativa para se referir a tribo pitiguara. 

O ancião, Andirá, deixa cair o tacape do chefe que circulava entre as mãos dos guerreiros, que simbolizava a oposição ao ato. Então, devido a atitude tomada por Andira, Irapuã fica furioso. 

Capítulo VI

Martim desperta e contempla o sol, lembrando do lugar que nasceu e das pessoas que deixou para trás. Além disso, o estrangeiro reflete sobre a possibilidade de reencontrá-los em algum momento. 

Então, Iracema se aproxima, indagando a causa da melancolia do rapaz, que corresponde a saudade de casa. A índia pergunta se existe uma noiva o esperando, e Martim confirma, acrescentando que ela não é tão doce ou formosa quanto Iracema. 

Com o intuito de animá-lo, Iracema leva o estrangeiro ao bosque sagrado de jurema, e lá serve ele. Martim bebe as gotas de licor verde, extraídas da igaçaba, imergindo em sonhos com Iracema, abraçando-a. 

O autor deixa subentendido que se beijam, entretanto, Iracema se desvencilhará rapidamente. 

Capítulo VII

Enquanto Iracema voltava para a taba, Irapuã aparece abruptamente. A índia, trêmula e surpresa ao ver o rosto raivoso, indaga o motivo de sua presença no bosque da jurema, lembrando que somente autorizados por Araquém poderiam adentrar o local. 

Nesse momento, Irapuã retruca que veio encontrá-la, pois na taba havia informado que o estrangeiro tinha ido a cabana de Araquém. A índia rebate, afirmando que o estrangeiro é um hóspede. 

Irapuã, que estava tomado pelo ciúmes, declara que o estrangeiro enfrentará a morte, talvez assim Iracema possa amá-lo. Antes de desaparecer entre as árvores, ele fala que Iracema não conseguirá esconder o estrangeiro para sempre.

Capítulo VIII

A índia informa Martim que quem a possuísse estava destinado à morte. Então, diante da confissão sombria e ciente que não permaneceriam juntos, a índia sugere a Martim que fuja com seu irmão Caubi, recém chegado da caçada. 

Capítulo IX

Martim vai até a cabana do pajé, onde Iracema oferece a sua rede a ele. Neste ínterim, fala: “Estrangeiro, toma o último sorriso de Iracema… e foge”. Então, em um último beijo, eles se despedem, e Martim parte junto a Caubi. 

Capítulo X

No décimo capítulo do livro “Iracema”, Iracema escuta o grito de Caubi, e corre em sua direção. Então, o encontra cercado por cem guerreiros tabajaras, que são liderados por Irapuã. Quando imaginam estar em perigo, os guerreiros vão embora. 

Capítulo XI

Os três voltam à cabana do pajé juntos, assegurando-se que não estão sob ataques dos pitiguaras. Contudo, Irapuã segue decidido e quer matar Martim, argumentando que o estragnerio roubou a sua virgem. 

Araquém intervém em defesa do estrangeiro, declarando que se Iracema entregou a “flor do seu corpo”, ela morrerá, mas que o hóspede era sagrado. Então, ele segue até o centro da cabana, e ergue uma grande pedra. Irapuã não tremeu ou se assustou 

Capítulo XII

Em uma noite, Iracema e Martim escutam o canto da gaivota, o grito de guerra do Poti, o amigo pitiguara do estrangeiro. Neste momento, a índia dirige-se até Poti para receber a mensagem a ser entregue a Martim. 

Capítulo XIII

Quando Iracema retorna a cabana, informa que Poti veio resgatar Martim. No entanto, um instante depois, Caubi chega com a notícia de que Irapuã e os guerreiros estão se aproximando para matar Martim. 

Contudo, quando chegaram ao local, o antro ecoou: “Escutem! É a voz de Tupã”, exclama Iracema, segurando a mão de Martim, enquanto desciam em direção à gruta. 

Capítulo XIV

Ao se depararem com Poti, elaboram um plano de fuga para Martim, motivados pela decisão de Iracema: no dia em que a lua das flores nasça. Neste dia em específico, acontecia uma celebração entre os guerreiros, que passavam a noite no bosque sagrado. Com todos adormecidos, o estrangeiro teria a oportunidade de partir. 

Capítulo XV

Nesta etapa do resumo do livro Iracema, os personagens retornam à cabana de Araquém, e Martim se perde em dois pensamentos: um com saudades da virgem loira de suas terras, e lá a virgem morena. 

Então, o estrangeiro solicita a Iracema a sua bebida dos sonhos, almejando viver em sonho para fugir da realidade. Entretanto, enquanto Martim está imerso em devaneios, Iracema entrega-se a ele na realidade. 

Capítulo XVI

A festa da lua chega, e cada um dos guerreiros, envolvidos em êxtase, experimenta a felicidade pulsante dos seus sonhos. Por outro lado, Iracema acompanha Poti e Martim até os limites do campo tabajara. 

Capítulo XVII

Neste capítulo, Iracema confidencia que não pode viver longe do estrangeiro, pois agora é sua esposa. A índia conta o segredo da jurema. Martim, entristecido inicialmente, eventualmente aceita a situação. Quando os guerreiros acordam, partem em busca de Iracema e Martim. 

Capítulo XVIII e XIX

Nesta etapa do livro, o autor descreve que Martim é presenteado com um cão, chamado Japi. O homem leva a esposa em seu coração, e a força do amigo, retornando para o rancho dos pitiguaras. 

Capítulo XX e XXI

No capítulo XX, os três amigos são cordialmente recebidos pelos pitiguaras, entretanto, a tristeza persiste no coração de Iracema. Isso fez com que Martim buscasse outro local para erguer a bacana. 

Por outro lado, no capítulo XXI, na noite seguinte, os dois esposos conseguem pendurar a rede em sua nova morada. 

Capítulo XXII

Todos partem em direção a serra da Maranguab no dia seguinte, seguindo Poti em uma visita ao avô, o líder dos pitiguaras. Contudo, ao testemunhar o neto com o estrangeiro, Maranguab falece. Neste momento, a serra ganha o nome de Maranguabe.

Capítulo XXIII

A felicidade estava presente na alma de Iracema, que se sentia completamente realizada ao lado do esposo. Todas as manhãs, Martim partia para a caça ao lado de Poti, enquanto a índia desfrutava de banhos na lagoa Porangaba, conhecida como a lagoa da beleza. 

Em certo dia, ao retornarem da caça, Martim e Poti deparam-se com Iracema repleta de flores de maniva, que simboliza a fecundidade. Radiante, o estrangeiro ajoelha-se e a abraça. 

Capítulo XXIV e XXV

No capítulo XXIV, era tradição nas tribos indígenas que os guerreiros carregassem as cores de sua nação em seu corpo. Ou seja, como Martim havia escolhido a pátria de sua esposa e amigo, ele precisou passar por uma cerimônia. Neste momento, o corpo é pintado com as cores da tribo Pitiguara, recebendo o nome Coatiabo. 

Já no capítulo XXV, a alegria persistiu na cabana por um longo período, até que Martim avisa um longo navio dos brancos. Com isso, a saudade de sua cidade natal toma conta de seu peito. 

Então, o que era felicidade, tornou-se saudade. Agora Martim já não partia para a caça em companhia do amigo, mergulhando em seus próprios pensamentos, e a distância entre ele e Iracema aumentava a cada dia. Isso entristeceu a índia. 

Quando Poti é convocado para lutar pela nação pitiguara, o estrangeiro decide que vai acompanhá-lo. 

Capítulo XXVI

Martim parte em busca do amigo sem despedir-se da esposa. Afinal, de acordo com o conselho de Poti, as lágrimas da mulher iriam amolecer o coração do guerreiro. Então, o estrangeiro finca uma flecha no chão, indicando a sua partida e deixando claro que Iracema deveria aguardá-lo. 

Por conta da intensidade da tristeza que Iracema estava passando, os pitiguaras passaram a chamar a lagoa que ela se banhava de “Mecejena” (abandonada). Como se sentisse o que a amiga estava passando, a ará Jandaia vai a seu encontro. 

Capítulo XXVII e XXVIII

No capítulo XXVII do resumo do livro Iracema, em determinada tarde, Martim e o amigo retornam triunfantes da batalha. O estrangeiro, na ocasião, ama Iracema como nos primeiros dias. Entretanto, em breve, volta a sentir-se insatisfeito. 

Então, no capítulo seguinte, Iracema continua debruçada em crescente tristeza. A índia confessa a Martim que, ao dar à luz a seu filho, antevê a sua própria morte. Desta forma, o estrangeiro não teria mais laços que o prendessem as terras estrangeiras, e poderia voltar a Portugal. 

Capítulo XXIX e XXX

No capítulo 29, Martim avista uma embarcação com guerreiros brancos prontos para atacar a nação pitiguara. Neste instante, junta-se com Poti para lutar contra os inimigos. 

Então, no capítulo 30, percebendo que estava prestes a dar a luz para o filho, Iracema vai até a margem do rio. A índia decide nomear o filho como Moacir, “filho da dor”. 

A índia o acolhe cuidadosamente. Caubi, o irmão de Iracema, aparece e declara que a perdoou. Entretanto, apesar de estar feliz com o sobrinho, observa que Martim roubou o seu “sorriso”.

Capítulo XXXI

Caubi manifesta o interesse de permanecer até o retorno de Martim, entretanto, Iracema pede que o irmão retorne à cabana do pai. Então, assim que o irmão parte, a índia busca os filhotes para que suguem seu seio e permita a saída do leite para amamentá-lo.  

Capítulo XXXII

Neste capítulo, Martim e Poti retornam triunfantes da batalha. Entretanto, Martim teme voltar à cabana, pressentindo que sua alma enfrentará angústias. Ele caminha hesitante até encontrar Iracema com seu filho nos braços. O estrangeiro sepulta a esposa no pé do coqueiro que amava. Neste momento, passo a ser chamado Ceará. 

Capítulo XXXIII

Por fim, quatro ciclos de florescimento do cajueiro transcorreram desde a partida de Martim com o filho para Portugal, conforme descrito no primeiro capítulo do livro. Agora, os dois regressaram para terras estrangeiras, com lembranças saudosas. 

O estrageiro levou consigo diversos brancos, entre eles, um sacerdote de sua religião. Poti foi o primeiro a ser batizado, permitindo que a palavra de Deus se disseminasse na terra. Neste momento, apesar da jandaia ainda cantar, já não repetia o nome de Iracema. 

Os guerreiros pitiguaras chegam, guiados pelo cão Poti. Neste momento, uma batalha se desenrola, e os pitiguaras saem vitoriosos. No entanto, Iracema entristece-se ao perceber que o sangue que tingia a terra, era o mesmo que queimava a face da vergonha, coberto pelos corpos de seus irmãos. 

O que se trata o livro Iracema

A obra de José de Alencar, “Iracema”, é considerada por muitos um “poema em prosa”, e conta a história de uma índia tabajara que se envolve com um europeu. No livro, o autor cria uma alegoria do processo de colonização do Brasil e de toda a América. 

O enredo se desenrola em meio a conflitos entre as tribos indígenas e os colonizadores, explorando diversos temas, como: a fusão das culturas, o choque entre civilizações e a formação do povo brasileiro. 

Enfim, o livro é conhecido não apenas pelo romance, mas pela linguagem poética e a maneira que o autor incorpora a mitologia indígena com elementos da natureza. Isso contribuiu significativamente na construção da identidade literária e cultura do país. 

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Lorena Rogenski

Redatora do Escritora de Sucesso com uma grande experiência em relação à produção textual e SEO, também estuda Análise e Desenvolvimento de Sistemas, aperfeiçoando ainda mais sua escrita acerca de temas que envolvem tecnologia e redação.

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