O Triste Fim de Policarpo Quaresma ─ Resumo por Capítulo
O Triste Fim de Policarpo Quaresma RESUMO por capítulo nos leva a refletir sobre o efeito do patriotismo na vida das pessoas. Neste post do Escritora de Sucesso, você vai conhecer a história do Triste Fim de Policarpo Quaresma e descobrir quem era Policarpo Quaresma e o seu objetivo de vida.
Lima Barreto narra uma história que acontece no final do século XIX no Rio de Janeiro, mais precisamente em 1893. O livro é considerado pré-modernista, pois usa linguagem coloquial. Além disso, faz uma crítica inteligente ao ufanismo exagerado – aquele conhecido patriotismo irracional.
Resumo do livro O Triste Fim de Policarpo Quaresma: Quem era ele e qual seu objetivo?
Triste fim de policarpo quaresma resumo por capitulo é, antes de tudo, um apaixonado pelo Brasil. Dessa forma, ele busca servir ao seu país no serviço público: ele tenta entrar para o Exército, mas não consegue. Então, torna-se um funcionário público.
Em seu tempo livre, Policarpo dedica-se a ler obras brasileiras em sua vasta biblioteca e aprender a cultura brasileira em geral – seja aprendendo a tocar instrumentos ou aprendendo novos dialetos.
A sua vida é dedicada ao Brasil e a exaltar tudo aquilo que é nacional. Com isso, ele aprende sobre a cultura brasileira, critica aqueles brasileiros que não valorizam o país e ainda envia documentos oficiais para autoridades nacionais em diversos momentos da narrativa.
Ingênuo, patriota e sonhador: estas são as principais características do protagonista. Ele enxerga a exaltação do Brasil como o seu propósito de vida, deixando até mesmo de constituir uma família. A narrativa conta as aventuras do patriota em sua busca pela exaltação do país.
O que fala no livro O Triste Fim de Policarpo Quaresma resumo por capítulo?
A narrativa começa na casa de Policarpo Quaresma na capital do Rio de Janeiro, cidade em que moram aqueles que trabalharam para o governo na época. O patriota está em uma aula de violão com o conhecido seresteiro Ricardo Coração dos Outros, com o objetivo de tocar as modinhas tipicamente brasileiras e valorizar a cultura nacional.
Ao decorrer dos estudos, o protagonista descobre que as modinhas não são tipicamente brasileiras. Com isso, ele desiste das aulas de violão com Ricardo e permanece amigo do seresteiro.
Mas, não é por isso que Policarpo desanima em sua missão de enaltecer a cultura nacional. Ele continua suas pesquisas e acredita que encontrou a cultura tipicamente brasileira: a cultura tupi. O patriota começa a estudar os costumes tupinambás, bem como aprender a tocar alguns instrumentos indígenas, tais como o Maracá e a Inúbia.
Em determinado dia na sua casa, ele está ensaiando músicas para uma apresentação em uma festa do seu vizinho, General Albernoz, e recebe a visita de seu compadre Vicente Coleoni e sua afilhada Dona Olga.
Como fonte de seus estudos sobre os costumes tupinambás, Policarpo chora para demonstrar sua alegria em rever os convidados. Eles ficam surpreendidos e sua afilhada questiona porque do choro de Policarpo. Ele explica que este é um costume tipicamente brasileiro para demonstrar a alegria em rever pessoas, já que é um costume dos povos indígenas.
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O Tupi Guarani
Imerso em seus estudos, Policarpo chega a enviar uma proposta para a Câmara dos Deputados. Na proposta, ele sugere a substituição da língua portuguesa pelo tupi guarani como língua oficial do Brasil. O patriota argumenta que a língua portuguesa é originada de Portugal e não é tipicamente brasileira, como é o caso do tupi guarani.
“Mas, como é que ele tão sereno, tão lúcido, empregara sua vida, gastara o seu tempo, envelhecera atrás de tal quimera? […] Foi o seu isolamento, o seu esquecimento de si mesmo; e assim é que ia para a cova, sem deixar traço seu, sem um filho, sem um amor, sem um beijo mais quente, sem nenhum mesmo, e sem sequer uma asneira!”
– Lima Barreto, no livro “Triste fim de Policarpo Quaresma”. Brasiliense, 1956.
Policarpo viveu sua vida entre tentativas de enaltecer o país enviando proposta e documentos a oficiais do governo, estudando e aprendendo sobre a cultura brasileira. A cada tentativa, ele era cada vez mais ridicularizado pelas pessoas ao redor. Mesmo assim, ele não desistiu do seu objetivo.
Ele continuou estudando a língua tupi guarani e em um momento de estudo, cometeu um erro. Enviou um documento em tupi guarani para o Ministro da Guerra. Com este ato falho, é aposentado pelo governo e enviado para um hospício.
Após a temporada no hospício, ele volta para a liberdade ainda mais apaixonado pelo país. Dessa forma, ele empreende um novo plano para enaltecer o país: a agricultura. Policarpo compra um sítio no interior do Rio de Janeiro e nomeia-o de Sossego.
Em seu sítio, ele pretende comprovar que a melhor terra para a plantação é o solo brasileiro. Então, começa a plantar milho e feijão em sua lavoura. Policarpo leva a sua irmã Dona Adelaide e o ajudante Preto Anastácio para morar com ele no interior.
Infelizmente, o sítio está a ponto de falir em poucos meses de cultivo. Isso acontece porque Policarpo precisa altos impostos devido à sua negação a conchavos com políticos locais, bem como pela péssima qualidade da estrutura agrária e pela ação destruidora das formigas sauva nas plantações.
Enquanto isso, a Revolta da Armada explode na capital e Policarpo envia um telegrama avisando que vai à capital defender o presidente Marechal Floriano Peixoto. O presidente encontra o patriota, chama-o de um visionário e diz que leu seu dossiê sobre agricultura.
Após o encontro, Quaresma alista-se em defesa do Marechal. No quarto mês de confronto, o patriota é ferido e demora meses para recuperar-se. Enquanto isso, o Sítio Sossego entra em completo abandono e, consequentemente, falência.
Qual é o fim de Policarpo Quaresma?
Com sete meses de confronto, o Marechal Floriano Peixoto é declarado vencedor e envia os revolucionários para uma prisão. O presidente convida Policarpo para trabalhar como carcereiro na prisão na Ilha das Enxadas.
O protagonista é visitado por um emissário do governo em plena madrugada, o qual conta que os prisioneiros estão sofrendo maus tratos e serão levados ao fuzilamento. Indignado, Policarpo envia uma carta para Floriano cobrando uma atitude em prol dos direitos dos brasileiros, mesmo sendo uma oposição política.
Floriano envia Policarpo Quaresma para a prisão como um traidor da pátria e, por fim, é condenado à morte por crime ideológico. O violeiro Ricardo e a afilhada Olga tentam ajudá-lo, mas não obtém êxito.
Antes da morte, o patriota percebe que seu objetivo de vida foi uma ilusão e será morto pelas armas do país que lutou durante toda a sua vida.
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