Resumo do livro A Escrava Isaura

Resumo do livro A Escrava Isaura

Aqui você lerá um breve resumo do livro A Escrava Isaura, um grande marco para a literatura brasileira.

Resumo do livro A Escrava Isaura: Conheça a história

“A Escrava Isaura” é um romance de Bernardo Guimarães, publicado pela primeira vez em 1875, época da abolição da escravatura. Sendo assim, é considerado um dos livros mais famosos da literatura brasileira desde sua publicação. A história foi publicada pela primeira vez em formato de folhetim, algo muito comum na época, e tornou-se um livro em 1875.

Isaura, filha de português com uma escrava negra, era uma escrava branca. No entanto, mesmo sendo uma escrava, Isaura fora criada como filha pela esposa do comendador Almeida. Por isso, teve educação, sabia escrever, ler, tocava piano e falava francês e italiano, como todas as moças de família da época.

Assim que a matriarca falece, Isaura tem a alegria de viver livremente, pois a própria mulher que a protegia dizia que após sua morte ela estaria livre. Mas na verdade, Isaura se torna propriedade de Leôncio. Como o homem tinha o desejo de ter Isaura, acaba queimando o documento assinado por seu pai que dava a liberdade para a moça. Mesmo casado com Malvina, não desistia da sua obsessão pela escrava e vivia perseguindo a moça.

Isaura era uma moça jovem, bonita e doce, acaba atraindo atenção de diversos homens, entre eles o jardineiro Belchior e o irmão de Malvina, Henrique. Mas Isaura sempre dizia que se entregaria apenas para o homem que amasse.

O pai de Isaura, Miguel, junta uma quantia exorbitante para pagar a liberdade da filha, mas Leôncio não aceita e acaba descumprindo o combinado. Malvina, que antes tinha uma simpatia pela jovem escrava, pedia para Leôncio libertá-lo. No entanto, ao saber as verdadeiras intenções de seu marido, começa a desprezar Isaura. Vendo o marido se recusando a libertar Isaura, Malvina retorna para casa de seus pais.

Conhecendo Álvaro

Nesse ínterim, Miguel acaba fugindo com a filha para Recife onde acabam mudando seus nomes e Isaura passa a se chamar Elvira. É em Recife que ela conhece e se apaixona por Álvaro, um rapaz rico e que corresponde o amor da moça.

Álvaro, então, a convida para o baile e mesmo relutante, Isaura acaba aceitando o convite. No baile, Isaura encanta todos os convidados com seu jeito encantador, mas não esperava que alguém a reconhecesse, o que foi possível porque havia uma descrição sua no jornal.

Leôncio então é comunicado onde Isaura está e vai atrás da moça. Chegando lá, ele encontra com Álvaro, que defende a moça tentando impedir que ela volte para as mãos de Leôncio.

Voltando para a fazenda, Leôncio deixa Isaura em isolamento. Como um plano para ter a escrava sempre ao seu lado, ele acaba impondo uma condição para a liberdade da moça: que ela se case com Belchior. Sem alternativa, Isaura acaba aceitando o trato e fica noiva de Belchior.

Álvaro por sua vez, não desistiu da amada e começa a pensar em uma forma de tê-la de volta. Assim, ele vai até a corte obter informações sobre Leôncio e descobre que ele está falido. Percebendo a oportunidade, Álvaro acaba comprando todas as dívidas e os bens de Leôncio.

Por fim, no dia do casamento de Isaura e Belchior, Álvaro surge e conta para a amada que tudo que pertencia à Leôncio agora era dele, inclusive ela. Leôncio percebendo que perdeu tudo, acaba se suicidando.

A Escrava Isaura
Créditos: Observatório da TV

Adaptações da obra

O livro ganhou duas adaptações. A primeira em 1976 como telenovela produzida pela Rede Globo e a segunda em 2005 também em formato de telenovela, produzida pela Record TV. No entanto, nesta segunda adaptação há algumas diferenças do livro, como por exemplo, a morte do Leôncio, que é assassinado por Malvina.

Também foi inspiração para a telenovela “Escrava Mãe”, produzida pela Record TV em 2016, onde conta a história da mãe de Isaura.

Sobre o autor

Nascido em 15 de agosto de 1825 na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, Bernardo Guimarães foi um poeta e romancista brasileiro. Patrono da Cadeira de número 5 na Academia Brasileira de Letras.

Formou-se em Direito pela faculdade de São Paulo, onde fez amizade com Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, também escritores. Juntos criaram a Sociedade Epicureia, que tinha como inspiração o Epicurismo, que se baseava nos pensamentos de filósofo grego Epicuro de Samos, onde sua filosofia é ter prazeres moderados para ter tranquilidade e liberar-se do medo e mostra que não há felicidade em bens materiais.

Após se formar, foi juiz municipal em Catalão, Goiás, no ano de 1852 e exerceu o cargo até 1854. Em 1852, publicou a poesia “Cantos de Solidão” fazendo sua estreia na literatura.

Mudou para o Rio de Janeiro em 1858 e depois começou a trabalhar em um jornal chamado Atualidade, exercendo o cargo de crítico literário e jornalista. Também publicou “Inspirações da Tarde” seu segundo livro de poesia. Em 1860, escreveu “A Voz do Pajé”, um drama.

Volta para Catalão em 1861 e reassume o cargo de juiz municipal, onde percebe as más condições da prisão. Convocando uma sessão extraordinária do júri, Bernardo então coloca em liberdade 11 réus. Sofreu um processo do presidente da província, mas saiu triunfante. Bernardo manteve-se no cargo de juiz até o ano de 1863.

Bernardo Guimarães
Créditos: Falando em Literatura

Outras obras

Retorna para o Rio de Janeiro em 1864. Publica em 1865 “Poesias Diversas”, “Evocações” e “Poesias” que reuniu as obras já publicadas do autor junto com o poema “A Baía de Botafogo”.

Em 1866, morando em Ouro Preto se torna professor. Casou-se em 1867 e teve oito filhos. Publicou O Ermitão de Muquém em 1868. Seu conto “Lendas e Romances” foi publicado em 1871, em seguida os romances “O Garimpeiro”, “O Seminarista” e “O Índio Afonso” tiveram suas publicações no ano seguinte.

Em 1875 publica seu romance mais conhecido, “A Escrava Isaura”, onde chama atenção por abordar como escravidão, fato que ocorria naquela época e haviam manifestos a pedido da liberdade dos escravos. Além disso, também no mesmo ano publicou duas poesias “O Elixir do Pajé” e “A Origem do Mênstruo”, consideradas poesias impróprias.

Anos depois voltou para Ouro Preto e recebeu uma homenagem do imperador da época, Dom Pedro II, em 1881. Por fim, escreveu e publicou seu último romance “Rosaura, a Enjeitada” em 1883.

O autor faleceu em 1884.

 

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Vitoria Azevedo

Sou formada em Letras-Espanhol e minha paixão pela leitura vem desde criança. Meus livros favoritos são de fantasia, romance de época e ficção científica. Siga meu instagram literário: @desveloliterario

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