Biografia de Machado de Assis: Conheça mais sobre o escritor

Biografia de Machado de Assis: Conheça mais sobre o escritor

Neste artigo, informaremos a biografia de Machado de Assis para que você conheça um pouco mais sobre este grande autor da literatura brasileira.

 

Biografia de Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis foi um romancista e um dos nomes brasileiros de mais importância da literatura do século XIX. Ele escreveu romances, poemas e contos. Além disso, ele também foi jornalista, dramaturgo, crítico de teatro e crítico literário.

O autor nasceu em 21 de junho de 1839 na Chácara do Livramento, no estado do Rio de Janeiro. Ele era o filho mais velho do designer de decoração de paredes Francisco José de Assis e da portuguesa Maria Leopoldina.

Infância e adolescência

Em primeiro lugar, o escritor passou sua infância e adolescência na comunidade do Livramento. Já que os pais dele moravam na casa do finado senador Bento Barroso Pereira, pois Leopoldina era discípula de Maria José Pereira.

Dessa forma, Machado começou seus estudos em um colégio público próximo a São Cristóvão. Além disso, fez amizade com o padre Silveira Sarmento, ajudou nas missas e se familiarizou com o idioma latim.

No entanto, ele perdeu a mãe aos 10 anos de idade. Então, viúvo, o pai foi embora da fazenda e foi viver em São Cristóvão. Em seguida, começou a morar com Maria Inês da Silva e não se casou até 1854.

Sua madrasta era confeiteira em um colégio e, por essa razão, levou-o para fazer alguns cursos. À noite, Machado iria a uma padaria, onde aprendeu francês com um padeiro.

Sendo assim, iluminado apenas por velas, o escritor leu tudo o que aconteceu em suas mãos e escreveu seu primeiro poema. Então, ao procurar emprego, aos 15 anos ele foi apresentado a Francisco de Paula e Brito, donos de livrarias, jornais e tipografia.

machado de assis

Biografia de Machado de Assis: Ocupação de jornalista

Em 12 de fevereiro de 1855, o jornal Marmota Fluminense publicou o poema Ela do escritor na página 3.
Desde então, não deixou de escrever no Marmota e conheceu políticos e literatos que frequentavam as livrarias cujo tema principal é a poesia.

No ano de 1856, o escritor que ficou conhecido como Machadinho ingressou na editora oficialmente como estagiário de tipógrafo. Entretanto, além de não ser um exemplo de empregado, o autor também escondia o interesse pela leitura.

O realizador decidiu, então, encorajar este jovem e apresentou-o a três importantes repórteres: Francisco Otaviano, Pedro Luís e Quintino Bocaiúva. Otaviano e Pedro comandavam o Correio-Mercantil e, no ano de 1858, Machado era o revisor.

Por outro lado, ele também colaborou em outros impressos, mas sua renda era pequena e sempre se encontrava falido. Foi então que, os 20 anos, o escritor ingressou no mundo da literatura e do jornalismo no Rio de Janeiro, cidade política e artística do império.

Nesse sentido, em 1860, Quintino Bocaiúva chamou Machado de Assis para trabalhar como editor do “Teatro do Rio de Janeiro“, que se preparava para trabalhar sob a direção de Saldanha Marinho.

Além de escrever artigos sobre diversos assuntos e ter uma coluna de crítica literária, Machado também representou o jornal no Senado. O escritor também escreveu um artigo no Jornal das Famílias e recitou suas histórias irrelevantes nos serões.

Romancista, poeta e burocrata

No ano de 1864, aconteceu a publicação da coleção de poemas “Crisálidas” do autor. Este livro recebeu a dedicatória a seus pais, Francisco, que faleceu naquele ano, e Maria Leopoldina.

Três anos depois, o imperador deu ao escritor a Medalha de Cavaleiro da ordem Rosa em reconhecimento aos serviços prestados às letras nacionais.

No dia 8 de abril, houve a nomeação do escritor para assessor da direção do Diário da República e iniciou sua “carreira burocrática”.

Em 1868, conhece uma figura da cultura portuguesa, Carolina Xavier de Novais, irmã do poeta português Faustino Xavier de Novais, que lhe apresenta os clássicos portugueses.

Dessa maneira, no dia 12 de novembro de 1869, Machado e Carolina celebram seu casamento, testemunhado por Artur Napoleão e São Mamede.

Em 1872, foi o lançamento do seu primeiro romance “Ressurreição”. Em 30 de janeiro de 1873, a capa da décima edição do periódico carioca “Arquivo Contemporâneo” colocava ao lado fotos de José de Alencar (que até então era o maior romancista brasileiro) e Machado de Assis.

Nesse sentido, ainda em 1873, foi nomeado vice-diretor da Secretaria da Agricultura. Por conseguinte, passados três anos, foi chefe do departamento.

Em 1881, o escritor publicou o livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas“, que marcou o início de sua obra entrando na fase do realismo.

Sendo assim, o trabalho foi publicado em série na Revista Brasileira em 1880.

Academia brasileira

Em 1896, fundou a Academia Brasileira de Letras com outros intelectuais. Recebeu a nomeação da cadeira de número 23 e se tornou o primeiro presidente em 1897 até sua morte.

Por essa razão há uma estátua do autor no Hall do prédio. Além disso, em sua memória, a academia também se chama “Casa de Machado de Assis”.

Últimos anos e falecimento

No mês de outubro de 1904, sua mulher Carolina faleceu, os dois foram casados por trinta e cinco anos. A mulher, além de revisar seus trabalhos, também era sua enfermeira, porque a epilepsia abalou a saúde de Machado.

No entanto, após o falecimento da esposa, o escritor mal saía de casa. Dessa forma, para comemorar seu amor, escreveu o poema “À Carolina“.

O autor morreu no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Portanto, no seu enterro, as figuras mais proeminentes do país participaram do encontro. Além disso, um dos juristas mais aclamados da época, Rui Barbosa, realizou um discurso, expressando seu apreço pelo homem e pelo escritor.

Sendo assim, um enorme cortejo fúnebre saiu do Arsenal de Guerra em um caminhão com o objetivo de realizar um funeral para pessoas talentosas, saiu da academia e foi para o Cemitério São João Batista, lugar em que foi sepultado.

Obras de Machado de Assis
Créditos: Blog Poeme-se

Principais Obras do autor

Romances

Ressurreição (1872);
A Mão e a Luva (1874);
Helena (1876);
Iaiá Garcia (1878);
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881);
Casa Velha (1885);
Quincas Borba (1891);
Dom Casmurro (1899);
Esaú e Jacó (1904);
Memorial de Aires (1908).

Coletâneas de contos

Contos Fluminenses (1870);
Histórias da Meia-Noite (1873);
Papéis Avulsos (1882);
Histórias sem Data (1884);
Várias Histórias (1896);
Páginas Recolhidas (1899);
Relíquias da Casa Velha (1906).

 

Clique aqui e leia a nossa biografia de Tarsila do Amaral.

Vitoria Azevedo

Sou formada em Letras-Espanhol e minha paixão pela leitura vem desde criança. Meus livros favoritos são de fantasia, romance de época e ficção científica. Siga meu instagram literário: @desveloliterario

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