Resumo do livro Triste Fim de Policarpo Quaresma

O resumo do livro Triste Fim de Policarpo Quaresma por capítulo nos leva a refletir sobre o efeito do patriotismo na vida das pessoas. O Escritora de Sucesso traz a história de Policarpo Quaresma e o seu objetivo de vida.
Lima Barreto narra uma história que acontece no final do século XIX no Rio de Janeiro, mais precisamente em 1893. O livro é considerado pré-modernista, pois usa linguagem coloquial. Além disso, faz uma crítica inteligente ao ufanismo exagerado – aquele conhecido patriotismo irracional.
Resumo do livro Triste Fim de Policarpo Quaresma por capítulo
Escrito por Lima Barreto e publicado em 1915, O Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma crítica mordaz à sociedade brasileira da Primeira República. A obra narra a trajetória de Policarpo Quaresma, um funcionário público apaixonado pelo Brasil e por tudo o que é nacional.
Movido por um idealismo ingênuo, ele busca defender a cultura, o idioma, a terra e os valores brasileiros com fervor. No entanto, sua devoção patriótica entra em choque com a realidade dura de um país marcado por desigualdades, corrupção e autoritarismo. A história é dividida em três partes, e cada uma mostra uma tentativa frustrada de Quaresma em transformar o Brasil à sua maneira.
Primeira Parte – O idioma nacional e o ridículo da utopia
Na primeira parte do livro, Policarpo Quaresma é apresentado como um homem metódico, solitário e extremamente patriota. Funcionário do Arsenal de Guerra, ele vive no subúrbio do Rio de Janeiro, cercado de livros, artefatos indígenas e bandeiras.
É um estudioso da cultura brasileira e defende com entusiasmo o idioma tupi como verdadeira língua nacional. Essa obsessão o leva a escrever um ofício ao governo pedindo a substituição do português pelo tupi-guarani como língua oficial do Brasil.
A proposta é recebida com espanto e deboche, e rapidamente se torna alvo de piadas na imprensa e entre seus colegas. A repercussão negativa acaba afetando sua saúde mental, levando-o a ser internado em um hospício.
Essa parte revela como o nacionalismo cego de Quaresma, embora bem-intencionado, o isola da sociedade real, que não compartilha de sua utopia. O autor usa o episódio para criticar o distanciamento entre o ideal e a prática, além da hipocrisia de uma elite que ignora as raízes culturais do próprio país.
Segunda Parte – A fuga para o campo e o fracasso agrário
Após sair do hospício, Quaresma decide abandonar a cidade e seguir outro de seus ideais: a valorização da agricultura nacional. Compra o sítio Sossego, no interior do Rio de Janeiro, e se dedica à terra com grande entusiasmo. Ele acredita que, por meio do trabalho rural, será possível transformar o Brasil em uma nação próspera e autossuficiente. Estuda técnicas de cultivo, tenta aplicar métodos modernos e espera que sua iniciativa inspire outros.
No entanto, a realidade do campo é muito diferente do que imaginava. Enfrenta pragas, dificuldades com o solo e, principalmente, a burocracia e o descaso do poder público. Os trabalhadores locais, muitos deles analfabetos e acostumados ao sofrimento, não compartilham de seu entusiasmo.
A segunda tentativa de Quaresma de “salvar o Brasil” fracassa diante do abandono do Estado e da estrutura social desigual. A parte rural da narrativa mostra que, mesmo com boas intenções, não há mudança real sem ação política e enfrentamento das injustiças sociais.
Terceira Parte – A política e o triste fim
Na última parte do livro, Policarpo Quaresma volta ao Rio de Janeiro no contexto da Revolta da Armada, durante o governo de Floriano Peixoto. Inicialmente, ele se aproxima do presidente com esperança de que Floriano seja o líder forte e patriota que o país precisa. Volta a servir como funcionário e chega a escrever cartas propondo reformas, defendendo a ética e o bem-estar do povo. Crê que, junto ao governo, poderá finalmente concretizar seus sonhos nacionalistas.
Contudo, Quaresma começa a perceber que o governo que ele tanto admirava é, na verdade, autoritário e violento. Ao testemunhar abusos contra civis e prisões arbitrárias, decide denunciar essas ações, acreditando que está fazendo o certo.
Como resultado, é preso por traição e, ironicamente, condenado à morte. A história termina de forma amarga, com Quaresma sendo fuzilado, sozinho, sem amigos ou reconhecimento. O “triste fim” do título representa o colapso de um idealista diante de um país que não quer — ou não está pronto — para ser transformado.
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Perguntas frequentes sobre resumo do livro O Triste Fim de Policarpo Quaresma
O que fala o livro Triste Fim de Policarpo Quaresma?
O livro conta a história de um patriota idealista que tenta transformar o Brasil com base em valores culturais, linguísticos e sociais que ele acredita serem autênticos. Policarpo Quaresma é um personagem que ama profundamente seu país, mas suas tentativas de mudança entram em choque com a dura realidade da política, da burocracia e do descaso social. A obra é uma crítica amarga à hipocrisia da sociedade brasileira da Primeira República.
Qual é a história de Policarpo Quaresma?
Policarpo Quaresma é um funcionário público culto e solitário que acredita que o Brasil pode se tornar uma grande nação se valorizar suas raízes. Primeiro, propõe que o idioma tupi seja oficial. Depois, tenta provar que o país pode crescer com a agricultura. Por fim, deposita sua esperança no governo de Floriano Peixoto. Em todas essas fases, enfrenta frustrações e rejeição, revelando o quanto o idealismo puro pode ser sufocado por um sistema corrupto e desigual.
Por que Policarpo Quaresma morreu?
Quaresma morre porque, ao tentar denunciar os abusos do governo durante a Revolta da Armada, é visto como traidor. Ele acreditava estar cumprindo um dever patriótico ao relatar injustiças, mas acaba sendo preso e condenado à morte. Sua execução simboliza a morte do idealismo em um país que não acolhe quem pensa diferente e sonha com um futuro mais justo.
Quais as três principais partes abordadas em Triste Fim de Policarpo Quaresma?
A obra é dividida em três fases: na primeira, Quaresma defende o idioma tupi como oficial; na segunda, aposta na agricultura como salvação do país; e na terceira, acredita na política como meio de transformação. Em todas, suas ideias são rejeitadas e ele sofre as consequências de ser um sonhador num país que não tolera quem desafia a ordem vigente.
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