Resumo do livro A Bolsa Amarela por capítulo

Resumo do livro A Bolsa Amarela por capítulo é o que muitos estudantes e professores buscam quando querem entender de forma clara e organizada essa obra sensível e marcante de Lygia Bojunga. O livro, lançado em 1976, é um dos mais importantes da literatura infantojuvenil brasileira, justamente por tocar em temas como repressão, identidade, solidão e o direito de ser criança.
Capítulo 1 – Os três grandes desejos
Neste resumo do livro A Bolsa Amarela por capítulo, inicialmente, somos apresentados à protagonista Raquel, uma menina de nove anos que guarda três vontades secretas: ser menino, crescer logo e se tornar escritora. Como não se sente ouvida em casa, ela resolve esconder essas vontades dentro de uma bolsa amarela velha, onde também coloca suas mágoas, revoltas e afetos. A partir daqui, essa bolsa se torna quase um personagem: um lugar seguro onde Raquel abriga o que sente.
Capítulo 2 – O galo que queria cantar
Raquel conhece um galo que sonha em cantar, mesmo sendo impedido por regras do galinheiro. O galo representa o desejo de liberdade, de romper com o que é imposto. É uma metáfora clara sobre o sistema familiar e social que tenta podar os sonhos e vontades das crianças. Raquel e o galo se tornam cúmplices nessa vontade de serem ouvidos e respeitados.
Capítulo 3 – A batata falante
Aqui entra uma das figuras mais curiosas da história: uma batata que fala e tem opinião própria. A batata representa a crítica à passividade e à submissão. Ela é irônica, questionadora e acompanha Raquel em diversos momentos. Juntas, vivem pequenas aventuras que revelam muito do mundo interior da menina.
Capítulo 4 – A vontade de ser menino
Neste ponto da narrativa, Raquel mergulha no motivo de querer ser menino. Não é uma questão de identidade de gênero, mas sim da liberdade que ela percebe nos meninos: eles podem correr, falar alto, opinar. Ela sente que, como menina, é mais reprimida e cobrada. O capítulo expõe a desigualdade entre os papéis sociais impostos desde a infância.
Capítulo 5 – O casamento do galo
Um dos momentos mais lúdicos e simbólicos do livro. Raquel organiza o casamento do galo com uma galinha chamada Vitória. A cerimônia vira um espaço para que todos os personagens marginalizados do galinheiro tenham voz. Esse momento reforça o poder da imaginação e a força das narrativas inventadas como válvulas de escape para a opressão real.
Capítulo 6 – O silêncio da família
A relação de Raquel com a família ganha mais destaque. Seus irmãos mais velhos não lhe dão atenção, os pais a tratam com indiferença, e suas vontades nunca são levadas a sério. O silêncio se torna uma dor constante, e a bolsa, um porto seguro para guardar essa dor. Esse capítulo é um dos mais sensíveis e profundos da obra.
Capítulo 7 – A escrita como salvação
Raquel começa a escrever. Mesmo sem saber se está “escrevendo certo”, ela passa a colocar suas ideias no papel. É aqui que o desejo de ser escritora ganha corpo. A escrita vira um grito silencioso de existência, um espaço em que ela pode ser o que quiser, longe das regras e expectativas dos outros.
Capítulo 8 – O sumiço da bolsa
Em um momento dramático, Raquel perde a bolsa. O episódio representa a perda de sua identidade secreta, de seu lugar seguro. Sem a bolsa, ela se sente exposta e vulnerável. Esse trecho marca um ponto de virada na história: a protagonista precisa enfrentar o mundo real com mais coragem.
Capítulo 9 – Recuperando o que é seu
Raquel encontra a bolsa novamente. Mas agora, algo mudou. Ela percebe que, embora a bolsa tenha sido importante, ela mesma já está mais forte para lidar com suas emoções e vontades. A reconexão com a bolsa é simbólica: ela não depende mais apenas daquele objeto para se sentir viva ou representada.
Capítulo 10 – Crescimento e transformação
O último capítulo fecha o ciclo da história. Raquel não “resolve” todos os seus conflitos, mas entende que crescer é aprender a conviver com seus sentimentos, mesmo quando eles não são compreendidos pelos outros. A menina aceita quem é, com suas vontades, medos e sonhos. A bolsa agora está mais leve — e ela também.
Análise final
Lygia Bojunga constrói uma narrativa tocante, misturando realidade e fantasia com maestria. A bolsa amarela simboliza o universo emocional da criança que não é ouvida, mas que precisa se expressar para se libertar. O livro propõe uma crítica delicada à repressão infantil, à desigualdade de gênero e ao silenciamento das emoções.
Mais do que uma leitura obrigatória para vestibulares ou concursos, A Bolsa Amarela é uma obra que convida qualquer pessoa a revisitar sua própria infância, refletir sobre seus próprios desejos escondidos e lembrar que toda criança merece ser ouvida.
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Perguntas frequentes sobre resumo do livro A Bolsa Amarela por capítulo
Qual o resumo do livro A Bolsa Amarela?
O livro A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga, narra a história de Raquel, uma menina que guarda seus três grandes desejos em uma velha bolsa amarela: ser menino, crescer logo e se tornar escritora. Sentindo-se ignorada pela família, ela cria um universo imaginário com personagens simbólicos, como um galo sonhador e uma batata falante. A obra mostra, de forma lúdica, a luta interna da protagonista por voz, liberdade e identidade.
O que conta o livro A Bolsa Amarela?
O livro conta a trajetória emocional e imaginativa de Raquel, uma criança que não se sente escutada nem valorizada pelos adultos ao seu redor. Para lidar com isso, ela passa a esconder seus sentimentos e vontades dentro de uma bolsa amarela. Através de aventuras com personagens fantasiosos, Raquel aprende a reconhecer e dar valor às próprias emoções e desejos.
Quais os temas abordados no livro A Bolsa Amarela?
A obra aborda temas sensíveis e profundos, como repressão infantil, desigualdade de gênero, construção da identidade, solidão, desejo de liberdade e o papel da imaginação como forma de resistência. Também critica a forma como as crianças são silenciadas e aponta a importância de respeitar seus sentimentos e sonhos desde cedo.
Por que Raquel fica com a bolsa amarela?
Raquel escolhe a bolsa amarela como um espaço secreto onde pode guardar tudo o que sente e que não consegue dizer em voz alta. Ela usa a bolsa para esconder seus desejos e frustrações, já que em casa não se sente acolhida nem compreendida. A bolsa se torna um símbolo de proteção emocional e liberdade interna para expressar o que é reprimido no mundo real.