10 poemas de Cecília Meireles para se inspirar

Ler um poema de Cecília Meireles é se encontrar com a sutileza das palavras que tocam a alma e com reflexões que nunca perdem a atualidade. A poesia brasileira não seria a mesma sem Cecília, uma das vozes mais delicadas e profundas da nossa literatura. Seus versos falam de amor, vida, passagem do tempo e da própria existência, com uma musicalidade única.

Um pouco sobre a biografia de Cecília Meireles

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 1901, no Rio de Janeiro, e faleceu em 1964. Considerada uma das maiores poetisas da língua portuguesa, transitou entre o Simbolismo, o Modernismo e até traços do Romantismo.

Foi também professora, jornalista, pintora e defensora da educação, deixando contribuições valiosas para a literatura e para a cultura brasileira. Sua obra se destaca pela musicalidade, pela leveza e por uma forte dimensão filosófica, sempre dialogando com a transitoriedade da vida.

Poema de Cecília Meireles

A seguir, você confere poemas de Cecília Meireles que seguem inspirando gerações e mostram a riqueza de sua escrita.

1# Motivo

“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.”

2# Epigrama nº 5

“Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia?
Que morres no amor?
Na tristeza?
Na dúvida?
No desejo?
Que renovas todo o dia?
No amor?
Na tristeza?
Na dúvida?
No desejo?
Que é sempre o mesmo fim e o mesmo começo?”

3# Canção

“De longe te hei de amar
– da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.”

4# Retrato

“Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.”

5# Elegia

“Vai-se-me a vida, como uma ave
que foge, e a minha mágoa se agrava.
E eu fico a sós com o que já fui,
e o que sou, e o que nada traga.”

6# Romanceiro da Inconfidência (trecho)

“Liberdade – essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda.”

7# Serenata

“Permite que eu feche os olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensa em mim como uma coisa
que se pensa e nunca parte.”

8# Ou isto ou aquilo

“Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!”

9# A Arte de Ser Feliz

“Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.”

10# O Último Andar

“No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É onde a vista alcança mais longe,
é onde a vida pode voar.”

Esses poemas mostram a força de Cecília Meireles em unir delicadeza e intensidade. Cada poema de Cecília Meireles revela não só sua visão de mundo, mas também a beleza da simplicidade poética que toca profundamente quem lê.

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Perguntas frequentes sobre poema de Cecília Meireles

Qual é o poema mais famoso de Cecília Meireles?

O poema mais famoso de Cecília Meireles é “Motivo”, que abre seu livro Viagem (1939). Os versos iniciais — “Eu canto porque o instante existe / e a minha vida está completa” — se tornaram um verdadeiro símbolo de sua poesia, marcada pela simplicidade e pela profundidade filosófica.

Quais são cinco poemas de Cecília Meireles para crianças?

Cecília também escreveu para o público infantil, e entre seus poemas mais lembrados para crianças estão:

  1. Ou isto ou aquilo
  2. Leilão de Jardim
  3. A Foca
  4. O Cavalinho Branco
  5. As Meninas

Esses poemas brincam com rimas, ritmo e imagens poéticas acessíveis, encantando leitores de todas as idades.

Qual é o poema mais curto?

Um dos poemas mais curtos e famosos de Cecília é justamente um trecho de “Motivo”, em que ela escreve:
“Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.”
A concisão desses versos mostra a habilidade da autora em transmitir grandes significados com poucas palavras.

Qual é a frase mais famosa de Cecília Meireles?

A frase mais citada de Cecília Meireles é: “Liberdade — essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda.”. Ela faz parte do Romanceiro da Inconfidência e até hoje é lembrada como uma das reflexões mais poderosas sobre a liberdade e o espírito humano.

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