Resumo do livro O Alienista ─ Por Capítulo, Análise e Objetivo
O resumo do livro O Alienista nos leva a refletir sobre as pequenas loucuras de cada pessoa e a obsessão como guia na vida do ser humano. Neste post do Escritora de Sucesso, você vai conhecer a história do livro “O Alienista”, descobrir os objetivos do Alienista e compreender a crítica abordada na obra.
Resumo do livro O Alienista
O aclamado escritor Machado de Assis é um mestre em fazer críticas sociais. Neste livro, ele nos coloca na pele do Doutor Simão Bacamarte para criticar os julgamentos precipitados que fazemos dos outros e seus comportamentos, bem como nos mostra como o poder e a vaidade cegam as virtudes do ser humano.
O que fala no livro O Alienista?
Por volta de 1.800, o respeitado Dr. Simão Bacamarte volta para o Brasil – mais precisamente para a Vila de Itaguaí. Aos quarenta anos, conhece e casa com a saudável Dona Evarista – uma viúva de 25 anos.
O casal não consegue ter filhos após anos de casamento. Dessa forma, o médico afunda-se em seus estudos. Com o objetivo de se dedicar à ciência em sua terra natal, ele propõe a inauguração de um centro para estudos médicos da casa: a Casa Verde. A proposta é aceita pela Câmara de Vereadores, e ainda consegue a criação de um imposto para o tratamento dos loucos internados na instituição.
Poucos meses após a inauguração, a Casa Verde estava lotada de loucos, dentre eles Garcia, o qual não falava nenhuma palavra para que as estrelas não caíssem do céu. Com uma maior demanda de trabalho, Simão precisa dedicar-se mais aos estudos e contratar dois sobrinhos do amigo íntimo e boticário Crispim Soares para distribuição de comidas e roupas aos pacientes.
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Qual era o objetivo do Alienista?
Simão fica tão empenhado em suas pesquisas que mal lembra de se alimentar, dormir e, até mesmo, de se relacionar com outras pessoas. Dessa forma, sua esposa Dona Evarista sente-se esquecida pelo marido. Entretanto, o médico estava focado na divisão dos alunos, sendo que dividiu-os em dois grandes grupos: mansos e furiosos. Além disso, testou diversos métodos e medicamentos para tratar os pacientes.
Para lidar com a solidão da esposa, Simão sugere que ela viaje para o Rio de Janeiro. Automaticamente, Dona Evarista se anima e esquece o problema. Simão começa a analisá-la. Ela diz ao marido que não deseja viajar sozinha e ele afirma que ele pode viajar com alguma parente, já que a Casa Verde está lucrando bem.
Após três meses, Dona Evarista, Cesária (tia dela e esposa de Crispim Soares) e o padre da Vila viajam para o Rio de Janeiro. Com a esposa distante, Simão começou a criar uma nova teoria e convidou o amigo Crispim Soares para conhecê-la: a razão é o perfeito equilíbrio das faculdades mentais e tudo o que se diferencie disso pode ser considerado loucura.
Crispim achou a teoria exagerada, mas apoiou o amigo. Posteriormente, Simão conta a teoria para o Padre Lopes, o qual não apoia e considera absurda. O médico reage com um aperto de mão confiante.
Costa, um herdeiro que emprestava dinheiro a todos da vila, foi internado na Casa Verde. De acordo com o alienista, ele era louco porque era rico e ficou pobre em poucos anos devido ao seu caráter generoso. A prima de Costa foi conversar com o alienista e explica que o dinheiro não durou porque o tio foi amaldiçoado, não foi a culpa do primo. Entretanto, Simão interpreta o argumento como loucura, já que acreditava em maldições.
Revolta dos Canjicas
Dias depois, o admirado Mateus é internado na Casa Verde porque era muito vaidoso. Isto porque ele admirava sua casa com frequência, como também ficava na janela da casa para ser admirado pelos transeuntes. Depois disso, cerca de vinte pessoas foram internadas na Casa Verde. Com isso, a população ficou assustada.
Enquanto isso, a esposa de Simão volta do Rio de Janeiro. Porfírio organiza uma revolta contra Simão Bacamarte e a Casa Verde. Com trinta pessoas unidas contra o médico, os revoltosos pedem para a Câmara de Vereadores acabar com a Casa Verde. O pedido é negado, mas os revoltosos não desistem de destruir a “bastilha da razão” – como é chamada por Porfírio.
Quais eram os objetivos de Porfírio?
O vereador Sebastião Freitas decide apoiar a Revolta dos Canjicas – nome atribuído à manifestação , porque é o nome do precursor Porfírio. A multidão multiplicou e marchou até a frente da Casa Verde e Simão discursa para eles, afirmando que não deve satisfação aos leigos. Os revoltosos ficam surpresos e Porfírio muda de objetivos: ser o homem mais importante da cidade.
Para alcançar seus objetivos, Porfírio pretende demolir a Casa Verde e fechar a Câmara de Vereadores. Dessa forma, ele decide reacender a chama da revolta. Acesos, os revoltosos só desistem da manifestação com a chegada de militares no local.
Com o tempo, alguns militares tornaram-se aliados da Revolta dos Canjicas. Dessa forma, os revoltosos venceram o conflito e eles fecham a Câmara dos Vereadores. Com o poder na mão de Porfírio, o médico recebe uma visita dele na Casa Verde. Simão tem certeza que será preso e a sua instituição será demolida, no entanto, Porfírio oferece um acordo para Simão. Com isso, Simão rejeita a proposta e avisa que enviará outra proposta nos próximos dias.
Após o encontro, o médico identifica dois casos de loucura: o barbeiro Porfírio era louco pelo poder e a população era louca por apoiar aquele que não representa as causas do povo. Dias depois, cerca de cinquenta apoiadores do novo governo são internados na Casa Verde e a população fica indignada com a situação. Uma nova revolta começa a ser organizada pelo barbeiro João Pina, justificando que o barbeiro Porfírio tinha se vendido pelo dinheiro do alienista.
João Pina torna-se o novo governante da vida. Mas isso não muito tempo, já que as tropas do vice-rei chegam ao local para restabelecer a ordem, reabrindo a Câmara de Vereadores. A partir deste momento, Simão começa a internar muitas pessoas na Casa Verde, até mesmo sua esposa. Mas, não demora muito para liberar todos os pacientes.
Qual é o final da história “O Alienista?”
O médico envia um documento para a Câmara sobre a situação, explicando que boa parte da população foi considerada louca. Por isso, ele acredita que seus métodos não foram corretos na detecção da loucura humana. Dessa forma, ele afirma que o equilíbrio de todas as faculdades deve ser considerado loucura. No documento, ele também afirma que não desistirá da pesquisa e que vai devolver o dinheiro público investido na Casa Verde.
Com a atitude de liberar todos os pacientes, o médico é perdoado por toda a cidade e recebe uma festa em sua homenagem. Enquanto isso, o documento repercutiu em decisões da Câmara: a qual exigiu que nenhum vereador fosse internado na instituição. O vereador Galvão foi contra a decisão e acabou sendo internado na Casa Verde por demonstrar ser uma pessoa de bom senso.
No tratamento dos equilibrados, o médico buscava atacar e modificar as virtudes de cada paciente. Um paciente modesto receberia roupas para tornar-se vaidoso, por exemplo. Após cinco meses, a Casa Verde estava vazia. Dessa forma, Simão entra em crise sobre a sua nova teoria e muda de ideia. Afirma assim que ele não curou ninguém, apenas potencializou a loucura.
Com os questionamentos borbulhando em sua mente, o médico chega a conclusão de que seria o único na Vila de Itaguaí. Ele chama meus amigos para conversar e eles confirmam a perfeição do médico, o qual não possui nenhum defeito ou vício. O médico não concorda com os amigos, mas Padre Lopes argumenta que esta é a voz de sua modéstia. Por conta disso, Simão Bacamarte interna-se na Casa Verde.
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