Resumo do livro Macunaíma
Leia o nosso resumo do livro Macunaíma do autor Mário de Andrade e que foi publicado em 1928.
Conheça mais sobre Macunaíma
Nessa obra, Mário nos apresenta Macunaíma, um índio. Conta desde seu nascimento as aventuras ao lado de Jinguê e Maanape, seus irmãos, atrás de um amuleto e também diversos momentos de prazer até sua morte.
Dividido em 17 capítulos, Macunaíma é um livro de difícil classificação de gênero, tendo uma mistura de combinação com outros gêneros. No entanto, é uma obra que é bastante elogiada por sua originalidade, utilizando lendas, contos folclóricos do Brasil e uma narrativa coerente de forma que cativa o leitor.
Em nosso resumo do livro Macunaíma, você conhecerá um pouco sobre essa obra que é um dos livros mais importantes da Primeira Fase do Modernismo (1922-1930) e tornou o autor um dos principais escritores dessa fase.
Resumo do livro Macunaíma: Conheça a história
Macunaíma nasceu na Amazônia. Quando pequeno, por meio de magia, se transformava em um homem adulto e passa a ter envolvimento amoroso com Sofará, esposa do seu irmão Jiguê. No entanto, quando esse descobre o envolvimento dos dois, Sofará é abandonada por Jiguê.
Abandonado na floresta por sua mãe após fazer suas traquinagens, ele encontra com Curupira durante o caminho de volta para sua tribo. Curupira então planeja uma armadilha para Macunaíma, que por ser preguiçoso, se livra de tal cilada.
Ele se encontra com Cotia, que fica surpresa quando ele conta como se livrou de Curupira. Ela joga um caldo de aipim em Macunaíma, o que faz seu corpo desenvolver e ficar adulto. Porém sua cabeça continua como de uma criança, já que ele desviou a cabeça. Quando sua mãe faleceu, ele e seus irmãos, Jinguê e Maanape, partem da tribo.
Quando os irmãos partem, eles encontram Ci, Mãe do Mato, Macunaíma consegue fazer sexo com ela que engravida, mas perde o bebê. Antes de morrer, Ci entrega para a Macunaíma um amuleto, Muiraquitã, e vai para o céu onde vira estrela. A morte de Ci deixa Macunaíma triste e ele decide partir mais uma vez juntamente com Maanape e Jinguê.
Seguindo viagem, Macunaíma encontra com Capei, uma cobra das profundezas dos rios e lutam. Macunaíma decapita Capei, mas durante a batalha, ele perde o talismã que ganhou de Ci e descobre que seu amuleto está nas mãos de Venceslau Pietro Pietra, que ele está morando em São Paulo. Sendo assim, Macunaíma viaja para recuperar seu amuleto.
Outros personagens
Nesse meio tempo, chegando à cidade, Macunaíma descobre que na verdade Venceslau é Piaimã. Um gigante devorador de pessoas e tinha ao seu lado Ceiuci, uma bruxa que também apreciava a carne humana.
A partir disso, Macunaíma tenta aproximação com Piaimã. Então, se transforma em uma francesa e o gigante diz que só entrega o amuleto para Macunaíma se a francesa passar a noite com ele. Assustado, Macunaíma foge correndo por todo território brasileiro.
Ele viaja para Rio de Janeiro, onde frequenta um terreiro e faz um pedido, que o gigante Piaimã seja castigado. Lá ele também conhece Vei, a Deusa-Sol e promete casar com uma das filhas. Entretanto, naquela mesma noite, Macunaíma se envolve sexualmente com outra mulher, o que deixa Vei bastante furiosa.
Retorna para São Paulo e como Venceslau está doente devido à surra que recebeu de Exu, Macunaíma não pode recuperar o seu amuleto. Então, ele aproveita o tempo para curtir com prostitutas e aprender os idiomas.
Por fim, ele consegue recuperar seu amuleto, e mata Piaimã que cai dentro de um caldeirão onde estava sendo preparada uma macarronada. Junto com seus irmãos retorna para Uraricoera. Assim que chegam lá não encontram mais a tribo.
O retorno dos três traz vida à floresta. Jiguê, com suas habilidades de caça desperta, uma inveja em Macunaíma que planeja uma vingança. Porém, acaba sendo o responsável pela morte de Jinguê e Maanape. Macunaíma fica triste e sozinho por diversos dias até que aparece um papagaio, que lhe conta sobre tudo o que viveu.
Final da história
Um dia Macunaíma decide nadar no rio e encontra com Iara, Mãe-d’água, a quem se encanta e vai para fundo do mar. Lá, ela o despedaça durante uma batalha, mas ele consegue escapar.
Ele sai do rio, todo ferido, sem uma perna, mas com Muiraquitã, amuleto dado por seu grande amor Ci.
Macunaíma não vê mais motivos para manter-se na Terra e morre. Subindo ao céu e se transforma na Ursa Maior.
Adaptação
O livro ganhou uma adaptação ao cinema brasileiro em 1969.
Em 2015 o incluíram na lista dos 100 melhores filmes do cinema brasileiro através da ABRACCINE, Associação Brasileira de Críticos de Cinema.
Mário de Andrade
Mário de Andrade, um dos principais autores da Primeira Fase do Modernismo no Brasil, foi um escritor, poeta e folclorista.
Nascido em 1893, Mário frequentou o Conservatório Dramático e Musical onde concluiu o curso de piano em 1917 e começou a dar aulas particulares de piano para ter renda.
Passou a frequentar encontros literários e conheceu Oswald de Andrade e Anita Malfatti e se tornaram grandes amigos.
Publicou seu primeiro livro de poemas “Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema” em 1917 utilizando um pseudônimo.
Publicou “Pauliceia Desvairada” em 1922, seu livro de poesia e com seu verdadeiro nome. Considera-se tal obra como a base do modernismo brasileiro e onde reúne vários de seus poemas do movimento modernismo.
Ainda em 1922, na Semana de Arte Moderna ele ajudou os amigos Oswald de Andrade e Anita Malfatti. Nesse evento Mário também participou e mostrou previamente um de seus escritos “A Escrava que não É Isaura” que foi publicado anos mais tarde, 1925. Também o nomearam professor do Conservatório de Música.
Nessa época, ele torna-se amigo de Tarsila do Amaral e Menotti del Picchia. Dessa forma, juntamente com Oswald de Andrade e Anita Malfatti, eles formavam o “Grupo dos Cinco”.
Obras e falecimento
Nesse meio tempo, influenciado pelo movimento modernista, o autor passou a fazer diversas viagens pelo Brasil para conhecer e estudar a cultura das regiões brasileiras. Dessa forma viajou para cidades como Minas Gerais, Amazonas e Nordeste reunindo informações sobre suas lendas, mitos, festas populares, canções, etc.
Foi com essas informações que Mário escreveu o livro de poesia Clã do Jabuti (1927), o romance Macunaíma e Ensaio sobre a Música Brasileira, ambos de 1928.
Durante os anos de 1935 a 1938 fica à frente do trabalho no Departamento de Cultura em São Paulo, mas foi demitido e passou a morar na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1939.
Por fim, em 1941 retornou para São Paulo e se tornou diretor-fundador no Departamento de Cultura. Em seguida, publica “Lira Paulistana” em 1945, sua última obra em vida.
Mário de Andrade faleceu aos 51 anos no ano de 1945 em São Paulo.
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