Dicas de português para Concurso: O que você precisa aprender?

Dicas de português para Concurso: O que você precisa aprender?

As dicas de português para Concurso Público são essenciais e podem facilitar a interpretação e redação. Antes de mais nada, se você tem em mente participar de algum processo de seleção, primeiramente saiba que isso exige muita dedicação e horas de estudo. Além disso, a língua portuguesa é presente em 100% deles.

Por isso, é importante que você estude e treine seus conhecimentos da língua, a gramática e a ortografia. A língua portuguesa é um idioma que está em constante mudança, sendo assim, você precisa ficar atento às novas normas e regras do idioma. Ter o hábito da leitura também contribui para que você tenha um bom conhecimento da gramática.

Os concursos se dividem em concurso de nível médio e específicos para quem tenha ensino superior. Os de ensino superior são concursos voltados para aqueles que têm um curso técnico e graduação. Dessa forma, então, as provas terão questões voltadas para a área escolhida.

Por exemplo: se você quer fazer concurso para técnico em enfermagem, o conteúdo da prova será composto por questões sobre procedimentos da função, primeiros socorros, as áreas de trabalho (clinica médica, emergência) etc.

Entretanto, independentemente do concurso que prestará, o português sempre será uma cobrança mútua em todas as provas.

Mas, afinal, o que é preciso para estudar para um concurso público? Veja, a seguir, as dicas de português para Concurso que podem garantir a sua vaga no cargo dos seus sonhos!

Dicas de Português para Concurso Público

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Interpretação Textual

Sabendo que durante as provas é necessária a leitura e compreensão o enunciado, fique atento à interpretação textual, pois ela estará presente durante toda a prova do começo ao fim.

A interpretação é uma forma de avaliação do conhecimento do candidato, ou seja, você precisará desvendar, explicar sobre o que o texto e exercício apresentado estão discutindo, bem como precisará fazer uma redação de acordo com um tema apresentado.

Algumas provas se fazem de forma objetiva, sendo assim, você só precisará marcar uma alternativa, entretanto, é indispensável à interpretação das perguntas.

A interpretação textual, dentre as dicas de português para Concurso, nada mais é do que você entender o que o texto está dizendo, sobre o assunto que ele aborda e qual a finalidade dele para que assim você tenha a conclusão daquele assunto e consiga responder as perguntas que se farão a seguir durante a prova.

Interpretar um texto é algo que pode variar entre as pessoas. Por isso, o mesmo texto lido por dez pessoas pode abranger dez interpretações diferentes.

Redação

No caso de redação, muitas vezes há um pequeno trecho de apresentação do tema que será abordado, você terá que entender e escrever sobre o assunto. Nessa hora, utilizam diversos assuntos que acontecem no Brasil e pelo mundo, como fatos importantes e/ou impactantes.

Geralmente usam-se temas como saúde, violência, racismo, política. Então, é sempre bom ficar atento nas atualidades.

Também deve-se ter um conhecimento sobre pontuação, principalmente da vírgula que dependendo da forma que é utilizada pode mudar o entendimento de uma frase, deixando-a com um sentido contrário daquilo que você quer dizer ou confuso.

É necessário que durante a redação seu texto seja coerente, tendo um começo, meio e fim, de forma que o conteúdo tenha uma ligação de sequência compreensiva entre as ideias, ou seja, faça com que sua escrita tenha sentido para o leitor.

Por isso, a importância da leitura se torna essencial, pois dessa maneira você estará praticando a interpretação do texto, história do livro, a ortografia, gramática, fala e escrita corretamente das palavras.

Além da leitura, dentre as dicas de português para Concurso, também aconselha-se assistir jornais para ter conhecimento do que acontece ao redor do mundo, ajudando a ter uma base daquilo que possivelmente seja o tema de alguma redação no concurso que você prestará.

Classes gramaticais

No português, existe ao todo dez tipos de classes gramaticais:

  • artigo;
  • adjetivo;
  • advérbio;
  • pronome;
  • conjunção;
  • numeral;
  • substantivo;
  • verbo;
  • preposição;
  • interjeição.

Elas servem para organizar as palavras dentro de um texto.

Substantivo

Ele trabalha com nomeação, ou seja, é ele que dá o nome para lugares, pessoas, sentimentos, qualidades. Divide-se em algumas categorias. Entre elas estão os substantivos próprios (Maria, Carlos, Neuza), substantivos simples (banana, flor, livro), substantivos comuns (mãe, papagaio, celular) etc.

Artigo

Trata-se de palavras que se usam antes dos substantivos, sendo assim, é ele que define ou indefine o substantivo concordando em gênero e número.

Artigo definido são as letras a, o, as, os. E as letras indefinidas são um, uma, uns, umas.

Adjetivo

São palavras que qualificam um substantivo dando-lhe uma característica, aspecto, qualidade ou estado, como por exemplo, amarelo, besta, chato, grande.

Advérbio

Usa-se para modificar verbo, adjetivo ou o próprio advérbio. Assim como o substantivo, o advérbio também se divide em algumas categorias, como por exemplo, advérbio de modo (bem, mal, intenso), advérbio de tempo (nunca, amanhã, tarde), advérbio de afirmação e negação (sim, não, decididamente, nem) etc.

Preposição

Usa-se como um conectivo, ou seja, se usa para dar uma relação de sentido em uma frase onde o segundo termo é explicativo do primeiro. São elas: com, a, de, em, para, por.

Verbo

É usado para indicar uma ação, fenômeno, estado. Também é dividido em categorias, são elas: regulares (vender, fechar, amar), irregulares (crer, fazer, haver), ligação (estar, andar, ser) etc.

Numerais

Indica quantidade de coisas e pessoas. São divididos em categorias como ordinais (vigésimo, quadragésimo segundo), cardinais (onze, vinte e nove), multiplicativos (triplo, décuplo), fracionários (três sétimos, um meio), coletivos (novena, quinzena).

Conjunção

É usado para fazer ligação entre duas orações, são elas: e, mas, porém, portanto, ou, etc.

Interjeição

São palavras que usamos para expressar alguma sensação e emoção. São divididas por categorias como aprovação (boa, aprovado), dor (ai!) estímulo (vamos, coragem), desejo (tomara) etc.

Pronome

São palavras usadas para substituir um substantivo, também é dividido em categorias como: pessoais (eu, tu, mim), possessivos (teu, minha, sua), relativos (quem, onde, cujo).

Uso dos porquês, crase e vírgula

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Os porquês

Existem na língua portuguesa quatro tipos de porquês: por que, porque, porquê e por quê. Dessa forma, dentre as dicas de português para Concurso, há muitas dúvidas na hora de escrever. Contudo, cada um deles tem uma função e significados diferentes.

Por que, separado, é utilizado no início de perguntas, diretas ou indiretas, no meio da frase de forma afirmativa. Pode ser substituído por “pelo qual” ou “por qual”.

  • “Por que ele sumiu?”
  • “Não sei por que ele sumiu”
  • “Ele quer saber por que motivo você saiu da aula mais cedo”
  • “Ele quer saber por qual motivo você saiu da aula mais cedo”

Se houver possibilidade de substituição, sempre se usará o por que separado.

Por quê, separado e circunflexo, usa-se para perguntas no fim da frase, podendo ser ou não isoladas e ser usado também como uma frase afirmativa.

  • “Você vai sozinho para festa? Por quê?”
  • “Eles terminaram o namoro de novo, por quê?”
  • “Maria está triste, não sei por quê”.

Porque, junto, se usa em respostas e frases afirmativas como forma de conjunção no qual liga duas orações. Pode ser substituído também por “pois”.

“Vitor foi ao médico porque estava gripado”.
“Vitor foi ao médico, pois estava gripado”.

Porquê, junto e circunflexo, é usado para explicar um motivo ou razão, sendo um substantivo e vem acompanhado da letra O.

“Ninguém sabe o porquê do acidente”

Crase

O uso da crase ocorre quando você utiliza a preposição A junto com um artigo A, dessa maneira, a sua utilização vem quando uma palavra sugere que você utilize a preposição A e a seguinte, um artigo, ser uma palavra feminina.

Pode-se também substituir à palavra que vem após a preposição A por um termo no masculino, sendo assim, se A preposição a transformar-se em AO, tem crase. Se for usar para nomes geográficos e substituir por PARA A e soar correto, utiliza-se crase.

A crase utiliza-se também em pronomes de tratamento, como por exemplo, senhora, senhorita, madame, dama.

  • O convite foi feito à dama / O convite foi feito ao cavaleiro.
  • Silvia foi para a praia / Silvia foi à praia.

A obrigatoriedade da utilização da crase ocorrerá quando na frase for uma locução adverbial feminina, onde irá sugerir um tempo ou lugar, por exemplo:

  • Ela saiu às pressas e esqueceu o celular.

Palavras repetidas como “face a face”, “passo a passo”, “frente a frente” não leva crase.

Vírgula

Faz parte dos tipos de pontuação existentes, juntamente com ponto final, dois pontos, ponto e vírgula, ponto de exclamação e interrogação.

A vírgula, dentre as dicas de português para Concurso, veio para auxiliar a intenção na escrita, ou seja, ela surge como uma forma de compreensão, organização do texto ou frase tendo a sua utilização para que aja um sentindo àquilo que você quer dizer e seja compreendido pelo quem lê.

O uso da vírgula é obrigatório para separação de termos que enumere coisas, por exemplo: “Maria foi ao mercado e comprou leite, banana, maçã, uva.”

Em separação do aposto específico onde a vírgula se usa como forma de explicar o termo anterior, por exemplo:

  • “Julia, sobrinha de Ana, foi para Rússia”. Dessa maneira, a vírgula especifica quem é a pessoa ou lugar.

Outra forma de usar a vírgula é em expressões ou palavras explicativas que se usam para que na segunda oração seja explicada a primeira, uma dessas palavras são: “isto é”, “ou seja”, “por exemplo”.

  • “Safira é autônoma, ou seja, não tem registro em carteira”.

Utiliza-se também para termo vocativo, quando se dirige a uma única pessoa ou há várias.

  • “Gabriel, vamos embora.”, “Vamos almoçar, Renan?”

Não deve-se usar vírgula em frases onde há sujeito e predicado, nominal e adjuntos ou complementos, verbo e complemento, oração principal e oração subordinada substantiva.

Fique atento às palavras!

Há, na língua portuguesa, palavras chamadas homófonas. São vocábulos que foneticamente soam parecidas, porém têm diferentes significados. Também há aquelas palavrinhas que nos deixam um pouco confusas se é escrito junto ou separado.

Escolhemos algumas palavras que mais destacam dificuldades sobre a forma correta de escrita. Veja, a seguir!

Sede e Cede

Sede, escrito com S, usa-se no sentido de querer beber alguma coisa, como uso de metáfora quando você quer mais de algo ou local.

Por exemplo: Bebi quase toda a garrafa de água, estava com sede.

  • Eles tinham sede de ver mais apresentações de skate. (metáfora)
  • A sede da Confederação Brasileira de Futebol fica no Rio de Janeiro (local).

Cede, escrito com C, vem da palavra “ceder” mais usado ao se referir a alguém ou algo em terceira pessoa.

Por exemplo: Ele sempre cede o lugar para preferenciais no coletivo público

Conserto e Concerto

Conserto, escrito com S, usa-se no sentido de arrumar algo que está quebrado.

Por exemplo: O conserto do meu carro ficou caro.

Concerto, escrito com C, se usa para apresentações musicais.

Por exemplo: Fui ao concerto de música clássica.

Houve e ouve

Houve, escrito com H no início, usa-se no sentido de existir, acontecer.

Por exemplo: Houve uma época em que as mulheres eram proibidas de votar.

Ouve, escrito sem H, se usa no sentir de ouvir.

Por exemplo: Ela ouve os conselhos do pai.

Serrar e Cerrar

Serrar, escrito com S, usa-se no sentido de cortar algo com um serrote ou serra.

Por exemplo: Gustavo começou a serrar a madeira para fazer uma mesa.

Cerrar, escrito com C, tem sentido de fechar.

Por exemplo: Ele cerrou os punhos.

Trás e Traz

Trás, escrito com acento agudo e S, se usa no sentido de estar na parte posterior.

Por exemplo: Carlos sempre se esconde atrás da porta.

Traz, escrito com Z, se usa para trazer, levar algo/alguém.

Por exemplo: Ela sempre traz pudim de chocolate para a filha.

Mais e mais

Mas se usa em forma de opor à algo, seja de forma positiva ou negativa.

Por exemplo: Ela foi à feira comprar laranja, mas estava caro.

  • Ela não estava com ânimo para festas, mas comemorou seu aniversário.

Debaixo e de baixo

Debaixo, escrito junto, significa que algo está na parte inferior de algo

Por exemplo: O chinelo está debaixo da cama.

De baixo, escrito separado, significa de forma ao contrário de ‘de cima’.

Por exemplo: Na prateleira de baixo ela guarda os livros de estudo e na de cima os livros de romance.

Acima e a cima

Acima, escrito junto, significa que algo está em lugar superior, no alto.

Por exemplo: A academia que frequento é acima da rua onde moro.

A cima, escrito separado, parece-se com “acima”, pois também tem o sentido de indicar algo no alto, porém a sua utilização vem acompanhado de “de baixo”

Por exemplo: É preciso analisar a obra de baixo a cima antes de vender.

De mais e demais

De mais, escrito separado, utiliza-se no sentido de quantidade.

Por exemplo: Ela trouxe coisas demais para uma viagem de 2 dias.

Demais, escrito junto, se usa para expressar em grande proporção de algo.

Por exemplo: Eu gosto demais de bolo de laranja.

Haver e a ver

Haver se usa no sentido de existir, ter, conseguir.

Por exemplo: Deve haver algum erro com os cálculos.

A ver

A ver se usa em relação a algo, pessoas ou objetos.

Por exemplo: Esse gênero musical não tem nada a ver com você.

Atenção: Palavras como “denovo”, “derrepente”, “porisso”, “apartir”, “concerteza” não existem na língua portuguesa.

Se quaisquer uma das dicas de português para Concurso foram úteis a você, comente conosco! Compartilhe com seus colegas e amigos concurseiros e estudem juntos! Essa é uma dica fundamental para pessoas que buscam o mesmo objetivo!

Michele Azevedo

Idealizadora do Escritora de Sucesso, formada em Letras - Português/ Inglês, busca expandir o conhecimento de todos com informações relevantes sobre empreendedorismo digital, ideias de negócios, dicas de português, inglês e redação.

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